a quebra da inviolabilidade do local de trabalho do advogado foi lícita já que determinada por decisão judicial fundamentada em elementos concretos, porém, é imprescindível que a diligência seja cumprida com mandado de busca e apreensão específico e pormenorizado e na presença de um representante da OAB.

ainda que cumpridas as formalidades legais para a decretação da medida, é vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a Maurício e Eduardo, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre outros clientes.

durante o cumprimento da diligência, incumbe ao representante da OAB impedir que documentos, mídias e objetos não relacionados à investigação, especialmente de outros processos do mesmo cliente ou de outros clientes que não sejam pertinentes à persecução penal, sejam analisados, fotografados, filmados, retirados ou apreendidos do escritório de advocacia

durante a análise dos documentos e dos dispositivos de armazenamento apreendidos ou interceptados, é garantido o direito de acompanhamento por representante da OAB, porém, inexiste garantia de presença do próprio profissional investigado.